Mensalão faz 20 anos com orçamento secreto turbinado pelo Congresso no terceiro governo Lula
Vinte anos após o escândalo do mensalão, o Congresso se adaptou e o uso de emendas parlamentares tornou-se uma nova forma de controle sobre o Executivo. Especialistas destacam que, apesar da proibição do orçamento secreto, o esquema atual é mais amplo e complexo, envolvendo bilhões e práticas de corrupção.
Escândalo do mensalão completa 20 anos em meio a um cenário de repetição política. O escândalo que afetou o PT e o governo Lula transformou-se em uma nova prática: o orçamento secreto.
O Legislativo agora não depende mais do Palácio do Planalto. O cientista político Aldo Fornazieri compara o novo esquema de emendas parlamentares ao mensalão, alertando que o Executivo se tornou refém do Legislativo.
Dados:
- Desvio de R$ 1,3 bi no mensalão (2005-2006).
- Deputados e senadores capturaram R$ 50 bi em emendas este ano.
Ainda que o STF tenha barrado o orçamento secreto, o Congresso encontrou formas de contornar a proibição.
Investigações: a Polícia Federal abriu vários inquéritos sobre fraudes. O ministro Flávio Dino afirma que o esquema é vasto e difícil de quantificar.
José Dirceu (ex-ministro do PT) está de volta, planejando sua candidatura a deputado federal, e diz que o mensalão foi uma “farsa”.
Recentes investigações revelaram uma lista de alvos para execução, incluindo Lula e Dirceu, ligados a um plano golpista. Curiosamente, Dirceu agora é representado por o advogado de um réu no caso.
O ex-ministro Aldo Rebelo esteve ao lado de Dirceu e, atualmente, se movimenta em busca da presidência em 2026, afirmando que não houve contradição em seus posicionamentos passados.
Conclusão: Apesar das mudanças, muitos aspectos do cenário político atual ecoam os problemas do passado. Enquanto isso, Roberto Jefferson, delator do mensalão, enfrenta sua própria realidade com tornozeleira eletrônica.