Mensagens em relatório final da PF estão embaralhadas, diz réu
Ex-secretário da SSP-DF afirma ao STF que mensagens do relatório da PF estão desordenadas e fora de contexto. Oliveira também negou ter atendido solicitações de Anderson Torres para operações policiais durante o 2º turno das eleições de 2022.
Delegado da PF e ex-secretário-executivo da SSP-DF, Fernando de Sousa Oliveira, declarou ao STF que as mensagens atribuídas a ele no relatório final da PF sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022 estão “embaralhadas”.
A declaração ocorreu nesta 5ª feira (24.jul) durante o interrogatório dos réus do núcleo 2.
Oliveira é acusado de ter atuado com a delegada Marília Ferreira de Alencar na organização de blitz durante o 2º turno das eleições presidenciais de 2022 e de “omissão”, junto com outros denunciados, como o ex-ministro Anderson Torres.
Ele afirmou: “Está no próprio relatório que as mensagens vieram embaralhadas”, e ressaltou a falta de clareza na construção das mensagens.
O responsável pela elaboração do inquérito, delegado Fábio Shor, prestou depoimento na 3ª feira (22.jul) como testemunha de defesa de outro réu.
Oliveira confirmou a autoria das mensagens, mas defendeu que foram tiradas de contexto, indicando possível supressão de palavras.
Ele também recusou operações sugeridas por Torres durante as eleições, afirmando: “Tinha até nome: clima eleitoral zero” e que não haveria viabilidade para a atuação da PRF no 2º turno.
Os réus do núcleo 2 enfrentam acusações de abolição violenta do Estado Democrático, tentativa de golpe e organização criminosa armada.
A PGR descreve o grupo como responsável pela “gerência” do plano golpista, coordenando monitoramento e neutralização de autoridades.
Integram o “núcleo 2”: [informações adicionais sobre os réus]