HOME FEEDBACK

Menos México, mais Brasil: a transformação na exploração de petróleo em LatAm

A queda nas reservas de petróleo na América Latina exige urgência na exploração desse recurso vital. Apesar de algumas regiões mostrarem crescimento, a tendência de redução das reservas pode comprometer a estabilidade financeira das economias locais.

Reservas de Petróleo na América Latina

A América Latina apresenta reservas de petróleo provadas de cerca de 46 bilhões de barris, uma queda em relação aos 65 bilhões da década de 1990.

A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) alerta que, sem a Venezuela, a relação entre reservas e produção seria de apenas 9,8 anos.

Laura Clavijo do Bancolombia afirma que a diminuição das reservas se deve a dificuldades geológicas e falta de motivação das petroleiras na extração.

A Venezuela, com as maiores reservas da região (mais de 300 bilhões de barris), enfrenta sanções que podem reduzir sua produção à metade, cerca de 500 mil barris/dia.

No Equador, as reservas têm um horizonte de extração de apenas 7,5 anos, enquanto na Colômbia o período é de 7,2 anos em 2024.

A Colômbia também enfrenta preocupações de segurança e bloqueios que impactam a produção, que foi de 755.469 barris/dia.

A Argentina destacou-se com uma produção superior, totalizando 765.600 barris/dia, devido ao fracking.

O México registra uma diminuição nas reservas, com projeção de 8,7 anos de duração.

O Brasil apresenta desempenho positivo, com aumento de 5,92% nas reservas, totalizando 16,841 bilhões de barris.

A região concentra 20% das reservas mundiais, mas a relação entre reservas e produção abaixo de 10 anos pode sinalizar problemas de abastecimento no curto prazo.

A produção regional caiu de 10,1 milhões de barris/dia em 2000 para 7,8 milhões em 2021.

A consultoria Wood Mackenzie prevê que as grandes petroleiras planejam investir US$ 127 bilhões na região até 2029, focando em novas reservas.

O analista Milton Montoya destaca a incerteza sobre a demanda global por hidrocarbonetos e a necessidade de investimentos para futuras descobertas.

A atual turbulência internacional impacta os preços do petróleo.

O preço do petróleo Brent gira em torno de US$ 65 por barril, afectando economias como a da Colômbia.

O Banco Mundial estima uma média de US$ 64 em 2025, prevendo uma produção global crescente, principalmente de Brasil, Canadá e Guiana.

A queda nos preços pode ser ainda mais acentuada em um cenário de desaceleração econômica, com expectativas de US$ 59 por barril.

Leia mais em bloomberg