HOME FEEDBACK

Menos da metade dos brasileiros nascidos entre os 50% mais pobres consegue superar renda dos pais

Estudo revela que menos de 50% dos brasileiros nascidos entre os 50% mais pobres conseguem ascender na pirâmide social. A mobilidade social no país enfrenta desafios significativos, destacando a disparidade entre diferentes grupos raciais e socioeconômicos.

Ascensão social no Brasil: A médica Etienne de Souza, 38, e o coordenador dos Correios Sanderson da Silva Júnior, 32, estão entre os brasileiros com maior renda. Desigualdade: Apenas 14% dos homens brancos nascidos em famílias pobres conseguem ascender, enquanto para mulheres negras esse número é de 4,5%.

Dados do estudo: Menos da metade (49%) das crianças nascidas entre 1983 e 1990 melhoraram sua situação financeira na vida adulta. Apenas 10,8% dos adultos de 35 a 42 anos ascenderam aos 25% mais ricos. Em comparação, os EUA têm uma taxa de sucesso de 7,5% e a Suécia, 15,7%.

Obstáculos da Etienne: Sua mãe, Michele, enfrentou dificuldades para garantir educação. Etienne se formou em Medicina na Bolívia e agora trabalha em uma clínica na Rocinha. Sofre racismo no dia a dia e, mesmo melhorando sua situação, ainda faz parte dos 50% mais pobres.

Condições vulneráveis: O professor Carlos Ribeiro afirma que a mobilidade é baixa no Brasil, e a ascensão é limitada a pequenas distâncias. Sanderson, que se formou em Educação Física, ultrapassou a barreira da pobreza com apoio da mãe, mas o fenômeno da mobilidade descendente está em ascensão entre jovens de classe média.

Conclusão: Mobilidade social no Brasil é limitada, com muitos obtendo apenas pequenas melhorias em comparação às gerações anteriores. A estrutura social apresenta dificuldades para aqueles acima da média, indicando um movimento de estagnação.

Leia mais em o-globo