MEMÓRIA. Wilson Figueiredo, ícone do JB e um gentleman do jornalismo
Wilson Figueiredo, ícone do jornalismo brasileiro, faleceu aos 100 anos, deixando um legado inestimável na imprensa e na literatura. Sua trajetória de mais de 40 anos no Jornal do Brasil e sua influência na FSB marcaram gerações de jornalistas e admiradores.
Wilson Figueiredo, importante jornalista brasileiro, deixou o Jornal do Brasil em 2005 após mais de 40 anos e foi convidado a integrar a equipe da FSB Comunicação.
Admiração por sua cultura, dedicação e gentileza motivou a decisão, tornando-o uma influência valiosa para a equipe. Com 81 anos, Wilson rapidamente se tornou a pessoa mais popular da agência, reconhecido por seu conhecimento em temas políticos e históricos.
Ele foi uma testemunha privilegiada de eventos marcantes da História do Brasil, como o fim do Estado Novo e o renascimento da democracia. Wilson fazia parte da geração que modernizou a imprensa nos anos 50 e 60 e contribuiu para a reforma gráfica do Jornal do Brasil.
Minha convivência com ele se intensificou ao publicarmos sua biografia, 'E a vida continua', lançada em 2011. Por meio desse projeto, conheci sua faceta como escritor e poeta, atuando na cena literária de Belo Horizonte nas décadas de 40 e 50.
A pandemia afetou Wilson, que não conseguiu retornar ao escritório e partiu em casa, aos quase 101 anos, no Leblon. Ele deixa uma herança de saudade e aprendizado para todos que o conheceram.
Francisco Soares Brandão é sócio-fundador da FSB Comunicação.