Melhor que o esperado: as reações do mercado ao recuo de Trump com as tarifas
Tarifas de 50% sobre produtos do Brasil são anunciadas por Trump, mas isenções abrangem 35% das exportações. A medida gera reações positivas no mercado, com destaque para ações da Embraer e celulose.
Donald Trump assinou uma ordem executiva impondo tarifas de 50% sobre produtos importados do Brasil, antecipando a decisão em dois dias. Implementação das tarifas foi adiada para 6 de agosto, permitindo mais tempo para negociação.
Entre as isenções estão suco de laranja, peças e jatos de aeronaves, petróleo, celulose e carvão, cobrindo cerca de 35% das exportações brasileiras para os EUA. Economistas da XP projetam que as tarifas poderão reduzir o crescimento do PIB do Brasil em 0,15 ponto percentual em 2025.
Após o anúncio, o Ibovespa subiu 0,95% e o dólar caiu para R$ 5,59. A Embraer destacou-se com alta de 11% nas ações devido à isenção de tarifas, visto que a empresa depende significativamente do mercado americano.
Setores como café e carne bovina permanecem taxados. Os EUA, no entanto, estão relutantes em negociar. Após a ordem, foi aplicada a Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes do STF.
Lula tentou contatar Trump, sem sucesso, destacando a ausência de diálogo. A previsão é de insegurança nas relações comerciais, com necessidade de negociação separada para questões tarifárias. A expectativa é de que o caminho continue conturbado.