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Meio século após saída dos EUA do Vietnã, edifícios deixados para trás contam histórias

Memórias da evacuação de Saigon ganham novos significados em meio às transformações da cidade. Cinquenta anos após a guerra, a vida nos edifícios que abrigaram americanos revela uma complexa evolução social e econômica.

Em uma porta enferrujada no topo de um edifício em Saigon, alguém riscou "queda de Saigon". No 29 de abril de 1975, Nguyen Van Hiep observou a evacuação caótica de civis vietnamitas em meio ao colapso do governo do Vietnã do Sul, enquanto um helicóptero americano pousava.

A cena icônica foi retratada equivocadamente como uma evacuação da embaixada dos EUA. Após a saída dos americanos, a cidade se transformou, com os revolucionários vietnamitas ocupando os locais de trabalho dos EUA para construir um Estado socialista.

O edifício Pittman, que abrigou a CIA, ainda possui algumas famílias residentes desde a década de 1970. Trinh Thanh Phong, um dos moradores, expressou orgulho de ser herdeiro de um legado de guerra.

No quinto andar, contadoras e gerentes trabalham em um ambiente que reflete a adaptação do Vietnã ao livre comércio. A recente imposição de tarifas pelo presidente Donald Trump trouxe pessimismo sobre o futuro econômico.

Os antigos edifícios americanos agora revelam um histórico de desconfiança. Alguns são evitados, enquanto outros se transformam em residências para famílias vietnamitas, criando comunidades unidas, mas com receios de repressão.

O antigo escritório de logística da NSAS abriga uma nova geração em busca de bem-estar, refletindo a ponte entre passado e futuro. Saigon, ainda inquieta, enfrenta desafios modernos, mas continua a evoluir em meio a sua história conturbada.

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