Megale: Corte de despesas, o “coração do problema”, deve ficar para depois da eleição
Economista destaca que mudanças tributárias podem gerar distorções, mas são necessárias para cobrir rombo fiscal. Ele critica a falta de iniciativas para controlar gastos públicos antes das eleições.
Caio Megale, economista-chefe da XP, participou do programa Morning Call e avaliou as medidas do governo para substituir o aumento do imposto sobre operação financeira (IOF).
Ele destacou que alterações em impostos sempre causam distorções nos setores e que o modelo atual de aumento de gastos está próximo de seu limite.
Megale observou que não foram apresentadas medidas para reduzir despesas, apesar da intenção de reduzir benefícios tributários para empresas.
“Discutir despesas é o coração do problema”, afirmou, apontando que essas reformas mais profundas provavelmente ocorrerão apenas após as eleições.
O economista mencionou que o governo estimava arrecadar R$ 20 bilhões com o aumento do IOF este ano e R$ 40 bilhões no próximo. Ele acredita que as novas medidas compensarão essa mudança, mas a forma como o governo lidará com o IOF ainda é incerta: “A meta fiscal deste ano deve ser alcançada”, concluiu.