Medidas não resolvem problema fiscal no longo prazo, alerta Pestana, diretor da IFI

O diretor do IFI critica a proposta de aumento de impostos e destaca a necessidade de uma reforma fiscal profunda no Brasil. Ele alerta para o estrangulamento orçamentário que deverá se intensificar até 2027, comprometendo investimentos essenciais.

Diretor-executivo do IFI analisa medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após reunião com líderes do Congresso.

O pacote completo será anunciado nesta terça-feira, após a aprovação do Presidente Lula.

Propostas antecipadas incluem:

Rejeição ao aumento do IOF: considerado de má qualidade tributária e com efeitos nocivos ao crédito.
Tributação das Bets: Faturamento de R$ 300 bilhões. Aumento de alíquota de 12% para 18% poderia gerar R$ 18 bilhões por ano e ajudar a combater o endividamento familiar.
Tributação de renda fixa: LCAs e LCIs, atualmente isentas, teriam alíquota de 5%, mas isso pode desincentivar investimentos.

Pestana alerta para um estrangulamento crescente do orçamento público, prevendo que em 2027, 100% do orçamento será obrigatório, sem margem para manobra.

Ele defende a necessidade de uma reforma fiscal profunda e soluções definitivas, não paliativas, para os problemas orçamentários do Brasil.

O foco das medidas até agora está na receita, sem tratar das despesas, necessitando de atenção para evitar a paralisia da máquina pública.