Medidas fiscais são confusas e não ajudam nem renda fixa nem variável, diz presidente da B3
Imposto de Renda sobre títulos isentos não é suficiente para atrair investidores de volta à bolsa, diz presidente da B3. Gilson Finkelsztain alerta sobre a confusão fiscal e a necessidade de soluções para as contas públicas.
Governo impõe alíquota de 5% de Imposto de Renda sobre títulos isentos como LCI e LCA, mas presidente da B3, Gilson Finkelsztain, acredita que essa medida será insuficiente para atrair investidores de volta à bolsa.
Finkelsztain destacou que as medidas fiscais são confusas e não beneficiam nem a renda fixa nem a variável.
Ele alertou sobre a importância de manter a atenção às mudanças no "manicômio tributário" brasileiro e reconheceu que as isenções têm viabilizado muitos investimentos nos últimos anos.
O presidente da B3 ressaltou que, embora não tenha certeza se o Ibovespa alcançará 150 mil pontos até o fim do ano, sente uma reaproximação dos investidores globais com o mercado acionário brasileiro.
Enquanto o Brasil não resolver suas contas públicas, a bolsa deve depender de fluxos não recorrentes, totalizando cerca de R$ 25 bilhões de entradas este ano.
Finkelsztain expressou cautela em relação à bolsa devido aos juros, mas acredita que ela viverá momentos de alta significativa.
O Brasil está se beneficiando da realocação global de investidores, que buscam diversificação fora dos EUA, mas o país precisa recuperar espaço no bloco dos emergentes, onde caiu de 17,5% há 15 anos para apenas 4% atualmente.
“Que vergonha, é hora de reverter isso.”