Medidas apresentadas por Haddad são para cumprir arcabouço, diz Gleisi
Ministra defende medidas de correção tributária propostas por Haddad, ressaltando a necessidade de enfrentar pressões de setores econômicos. Ela acredita que a tributação sobre investimentos não comprometerá a competitividade dos títulos no mercado.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, afirmou que as medidas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para evitar o aumento do IOF são justas e necessárias.
Ela acredita que a reação negativa dos parlamentares é resultado da pressão de setores econômicos após a reunião de domingo sobre as propostas.
Hoffmann destacou:
- "Naquele momento havia, sim, um espírito de construção."
- Criticou a pressão do mercado sobre a tributação do sistema financeiro.
- Defendeu a necessidade de ter coragem para discutir a situação.
A ministra também mencionou que as medidas são correções para grandes setores, afirmando:
- "Não estamos falando de super tributação."
- Setores como agricultura e imobiliário criticarão, mas serão tributados em 5%, bem abaixo dos 27,5% pagos pelos trabalhadores.
Ela argumentou que uma tributação de 5% sobre LCAs e LCIs não comprometerá a competitividade desses títulos. "Estamos falando de investidores rentistas e instituições financeiras", acrescentou.
Por fim, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, comunicou à equipe econômica que houve uma "reação muito ruim" no Congresso às mudanças no IOF. Ele pediu ao governo medidas de corte de gastos, como um "dever de casa fiscal".