Medicamentos à base de semaglutida devem continuar caros, mesmo após queda da patente, diz Hypera
Hypera afirma que preços elevados de medicamentos para obesidade e diabetes devem persistir, mesmo após queda da patente. A companhia busca lançar concorrentes do Ozempic, apesar da alta demanda global e incertezas sobre os benefícios financeiros.
Hypera anunciou que os preços dos medicamentos para obesidade e diabetes à base de semaglutida permanecerão altos, mesmo após a queda da patente no Brasil. A declaração foi feita durante a teleconferência de resultados do primeiro trimestre.
O diretor-presidente da Hypera, Breno Oliveira, afirmou que a empresa planeja vender os futuros concorrentes do Ozempic, da Novo Nordisk. Ele ressaltou que outras indústrias farmacêuticas já se manifestaram à Anvisa para iniciar a produção.
Oliveira destacou que não deve haver diluição de preços com a perda da patente, devido à alta demanda global.
Embora a companhia não possa estimar o benefício do novo medicamento em suas margens, espera-se um impacto muito positivo com a maior concorrência.
O executivo também mencionou que a taxação dos EUA sobre importação, especialmente de produtos asiáticos, pode representar uma chance para reduzir os custos da produção. Contudo, ele acredita que ainda é cedo para determinar um cenário global.
Oliveira apontou a Índia e a China como os principais produtores de Ingredientes Farmacêuticos Ativos e de produtos finais, enquanto os EUA são o maior mercado consumidor. A imposição de tarifas pode aumentar a disponibilidade de produtos globalmente, levando a uma possível queda de preços.
Apesar disso, ressaltou que é um tema prematuro e que a indústria enfrenta regulamentos rigorosos que dificultam a troca de fornecedores de matérias-primas e produtos acabados.