Me dá um dinheiro aí
A obra de Raimundo Faoro, "Os Donos do Poder", revela a perpetuação do patrimonialismo no Brasil e suas consequências nos dias atuais. O aumento de impostos proposto pelo governo reflete a herança de um Estado que prioriza os interesses de uma casta em detrimento da população.
Raimundo Faoro publicou em 1958 sua obra-prima, "Os Donos do Poder", fundamental para entender o Estado brasileiro. Faoro, opositor da ditadura militar, foi importante na OAB e teve influência nos anos seguintes em momentos críticos da política brasileira.
O autor, conhecido por sua seriedade e elegância, destacou que o Estado serve a uma casta de funcionários públicos medíocres, refletindo críticas ao patrimonialismo no Brasil. Recentemente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem buscado aumentar impostos, prometendo redistribuir riqueza.
No entanto, isso ignora a realidade dos pobres e da classe média, que enfrentam aumento de preços e dificuldades diárias. A população percebe que mais impostos resultam em menos benefícios e vive um sistema que prioriza interesses pessoais e favorecimento.
Ao longo da história, o Brasil sofreu várias revoltas contra a taxação abusiva, com líderes que pagaram com a vida. Desde a época colonial, o povo se revoltou contra a cobrança excessiva, que perpetua a ineficiência estatal e o clientelismo.
O governo atual continua a elevar impostos sem garantir melhorias, enquanto a população se vê desamparada. Faoro ensinou que os privilegiados mantêm o controle sobre o Estado, aumentando assim a distância entre o governo e a sociedade.
O relato aponta a falta de planejamento e as promessas vazias de Haddad, que geram desconfiança e impopularidade em uma gestão que ignora as necessidades do povo.