Mauro Vieira cita ‘alegações críveis’ de genocídio em Gaza e cobra ação imediata de países na ONU
Ministro Mauro Vieira defende aplicação rigorosa da lei internacional em resposta às alegações de genocídio na Faixa de Gaza. Ele alerta que o compromisso coletivo com o direito humanitário é um teste crucial frente à atual crise.
BRASÍLIA - O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que os países devem aplicar a lei internacional diante de “alegações críveis” de genocídio na Faixa de Gaza.
Vieira destacou que o sofrimento dos palestinos representa um teste ao compromisso coletivo com os direitos humanos e a lei humanitária. Ele pediu maior determinação na implementação do direito internacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta críticas da comunidade judaica por sua posição no conflito, sendo considerado uma presença indesejável em Israel após comparar as ações israelenses a práticas nazistas. Isso resultou na retirada do embaixador brasileiro em Israel.
O chanceler falou em uma mesa redonda na ONU e anunciou que o Brasil decidiu formalmente entrar no processo contra Israel por genocídio, inicialmente proposto pela África do Sul. O caso está na Corte Internacional de Justiça (CIJ), mas a decisão de intervenção ainda não foi formalizada.
Vieira também citou que a CIJ estabeleceu diretrizes para os países, como não reconhecer a presença de Israel nos territórios palestinos, diferenciar as relações com Israel, e respeitar os direitos do povo palestino.
A mesa de debates foi copresidida pelo Brasil e Senegal, focando em como adotar ações para garantir o cumprimento do direito internacional. O ministro mencionou que mais de 50 respostas geraram 96 propostas em áreas como:
- Diplomática e política;
- Comércio de armas;
- Responsabilização econômica e reparação;
- Monitoramento.
Vieira enfatizou a importância da aplicação da lei internacional de forma não seletiva, pedindo vontade política e um processo robusto de acompanhamento para alcançar justiça e paz.