Massa de rendimento do Brasil cai pela 1ª vez em 2 anos
Queda de 0,05% na massa de rendimento real interrompe ciclo de crescimento e sugere possível desaquecimento econômico. O Banco Central avalia que a desaceleração do mercado de trabalho pode ser essencial para o controle da inflação.
Queda da Massa de Rendimento no Brasil
A massa de rendimento real habitual no Brasil caiu de R$ 345,2 bilhões no 4º trimestre de 2024 para R$ 345,0 bilhões no 1º trimestre de 2025.
De acordo com o IBGE, essa foi a 1ª queda desde o 1º trimestre de 2023, interrompendo uma sequência de 7 altas trimestrais.
A queda foi de 0,05% em relação ao trimestre anterior. Em comparação ao 1º trimestre de 2024, o volume aumentou 6,56%, a menor alta desde 2022.
O Banco Central menciona que essa desaceleração pode indicar início de desaquecimento econômico. O Copom destaca que o melhor desempenho do mercado de trabalho contribui para o aumento da renda e consumo.
A massa de rendimento em São Paulo reduziu de R$ 104 bilhões para R$ 101 bilhões, com queda em 8 das 27 unidades da Federação. O Rio de Janeiro foi o único estado a registrar alta significativa, com aumento de R$ 1,9 bilhão.
Os dados atuais sugerem um enfraquecimento no mercado de trabalho, corroborando a previsão de que a taxa Selic deve permanecer alta por um período prolongado.
O cálculo da massa de rendimento utiliza o IPCA como deflator.