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Mas, afinal, quem convenceu Trump a recuar? Para executivos de Wall Street, dois nomes fizeram a diferença

Após pressões do setor financeiro, Trump suspende tarifas em um movimento que alivia Wall Street, proporcionando o melhor dia para os mercados em 16 anos. Apesar do alívio momentâneo, incertezas sobre o futuro econômico ainda pairam sobre os investidores.

Wall Street e Main Street: O secretário de Tesouro dos EUA, Scott Bessent, declarou que agora é a vez da Main Street, referindo-se ao setor industrial e pequenos negócios. Isso ocorreu no dia em que Wall Street teve seu melhor desempenho em 16 anos.

Após as declarações de Bessent em defesa das tarifas de Donald Trump, o presidente aceitou a proposta do bilionário Bill Ackman de pausar as tarifas por 90 dias, evitando um "inverno nuclear econômico".

Antes de Trump mudar de direção, a proposta de Ackman simbolizava a influência em declínio de Wall Street. Trump fez a mudança após alertas de recessão por figuras como Jamie Dimon, elevando o otimismo entre os investidores.

Com isso, o S&P 500 registrou seu maior ganho desde 2008, e os bilionários acrescentaram US$ 304 bilhões ao seu patrimônio. O CEO do Goldman Sachs, David Solomon, ficou aliviado com a suspensão das tarifas, levando o banco a revisar suas previsões de recessão.

Ainda assim, executivos de Wall Street permanecem céticos. Muitos lembraram que Trump poderia mudar de ideia rapidamente, já que tarifas sobre produtos chineses ainda somam 145%.

Meses atrás, Wall Street estava animada com a vitória de Trump, mas as tarifas desestabilizaram essa confiança. CEOs expressaram raiva sobre as novas políticas e se reuniram com o secretário de Comércio sem obter respostas claras.

Executivos acreditam que a melhor forma de influenciar Trump é através de redes sociais e TV. Dimon e Ackman foram creditados por ajudar na suspensão das tarifas, apesar das incertezas persistentes.

Alguns investidores, como George Seay, expressaram frustração com o cenário caótico das tarifas, mas reconheceram a importância da suspensão. Outros continuam apreensivos, acreditando que o mercado ainda apresentará oscilações significativas.

Um executivo compartilhou que a confiança e a credibilidade dos EUA como aliados foram danificadas, mostrando a complexidade da relação entre Wall Street e a administração atual.

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