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Marinho nega plano golpista e diz que Bolsonaro queria “civilidade” na transição

Senador garante que Bolsonaro não planejou golpe e estava preocupado com a civilidade na transição. Marinho, em depoimento ao STF, destacou que os encontros com o ex-presidente abordaram principalmente questões partidárias.

Senador Rogério Marinho (PL-RN) declarou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não houve planejamento golpista por parte de Jair Bolsonaro. Marinho afirmou que o ex-presidente tinha preocupação com a “civilidade” na transição de governo após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Durante seu depoimento, Marinho destacou: “Havia uma grande preocupação para que não houvesse excessos e que houvesse civilidade na transmissão do poder”. Ele se manifestou ao ser ouvido no processo que investiga a tentativa de golpe de Estado, conforme informações da Folha de S.Paulo.

O senador, indicado pelas defesas de Bolsonaro e do general Walter Braga Netto, buscou desvincular o ex-presidente das articulações golpistas que resultaram nos ataques de 8 de janeiro. Ele mencionou que Bolsonaro estava preocupado em evitar bloqueios nas rodovias que pudessem comprometer a economia.

Marinho relatou cerca de dez encontros com o ex-presidente no Palácio da Alvorada, onde discutiram temas partidários e estratégias do PL no Congresso. Ele também afirmou que se encontrou com Braga Netto em apenas duas dessas ocasiões.

Com o depoimento de Marinho, o STF finaliza a fase de oitivas de testemunhas do primeiro núcleo da trama golpista. Desde 19 de maio, foram ouvidas 52 testemunhas: cinco pela acusação e 47 pelas defesas. O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, agendou o depoimento dos acusados para a próxima semana.

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