Marinho diz que permanência de Lupi depende de ‘avaliação política’ e correção de rota no INSS
Ministro Luiz Marinho destaca que a continuidade de Carlos Lupi na Previdência depende de avaliações políticas e seu desempenho na correção de falhas no INSS. Ele defende também a redução da jornada de trabalho e critica os juros altos que impactam a geração de empregos.
Luiz Marinho, ministro do Trabalho, declarou que a permanência de Carlos Lupi na pasta da Previdência será decidida por uma “avaliação política” e pela capacidade de corrigir problemas no INSS, em meio a investigações sobre fraudes nos descontos das aposentadorias.
Marinho afirmou: “A continuidade de um ministro muitas vezes passa pela avaliação política” e destacou que a decisão cabe ao presidente da República.
Durante um evento do 1º de Maio em São Paulo, Marinho mencionou a indicação do novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnio, e afirmou que Lupi tem as ferramentas necessárias para realizar mudanças, garantindo a seriedade da instituição.
Ele também considerou a crise atual como um “momento de oportunidade” para resolver problemas relacionados aos R$ 6,3 bilhões em descontos indevidos entre 2019 e 2024. O ministro ressaltou que Lupi não tinha sua conduta desabonada, conforme comentou Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência.
No discurso, Marinho opinou sobre o fim da escala de trabalho 6x1, afirmando que a economia brasileira suporta uma redução da jornada máxima para 40 horas semanais. Ele destacou a necessidade de mobilizar o setor empresarial para essa mudança.
Criticando os juros altos, Marinho afirmou que estes inibem investimentos e geram dificuldades na criação de empregos. Ele reconheceu que a mobilização dos sindicatos no ato foi menor do que o esperado, mas acredita que isso faz parte de um processo de retomada.