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Marinha expulsa primeiro militar condenado pelo 8 de Janeiro; outros são alvos

A expulsão do suboficial Marco Antônio Caldas representa um marco na responsabilização de militares envolvidos em atos golpistas. A medida reflete um esforço da Marinha para manter a disciplina e afastar indivíduos que violam os princípios da instituição.

A Marinha expulsou o suboficial da reserva Marco Antônio Braga Caldas, condenado a 14 anos de prisão pelo STF por participação na invasão aos Três Poderes em 8 de Janeiro de 2023.

Essa é a primeira exclusão formal de um militar das Forças Armadas por atos golpistas. A decisão foi tomada por um Conselho de Disciplina, que avaliou que sua permanência violaria os princípios da carreira.

O processo durou cerca de 50 dias e aguarda despacho final do comandante da Força Naval. O Conselho foi instado a julgar militares condenados a mais de dois anos de prisão ou que infringiram normas disciplinares.

A expulsão de Caldas resultará na perda de benefícios, como direito à prisão especial, sendo tratado como “morto fictício” na estrutura militar. A aposentadoria será transferida à família.

Pelo menos 24 militares são réus no STF por participações na tentativa de golpe, incluindo sete oficiais-generais e dois ex-comandantes militares.

Caldas, mergulhador da Marinha por três décadas, foi para a reserva em 2021 e vive em Balneário Piçarras (SC). Ele foi preso no Palácio do Planalto durante a invasão, onde registrou vídeos e fotos.

Durante o julgamento, alegou inocência e se disse defensor da democracia, embora suas ações não corroborassem essa afirmação. Após ser solto em agosto de 2023, voltou à prisão em julho de 2024.

A decisão da Marinha pode indicar uma nova fase de responsabilização institucional nas Forças Armadas, separando a carreira militar da tentativa de ruptura institucional.

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