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Marina Silva deixa sessão no Senado após ataques e embates sobre BR-319

Marina Silva deixa comissão após desentendimento com senadores sobre a BR-319. A ministra enfrenta crescente tensão na relação entre o governo e a base aliada devido a projetos de infraestrutura na Amazônia.

Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, abandona comissão do Senado

Em 27 de setembro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou a Comissão de Infraestrutura do Senado após um bate-boca com parlamentares sobre a pavimentação da BR-319, que liga Porto Velho (RO) a Manaus (AM).

O incidente destacou o desgaste entre o governo e parte da base no Congresso em relação a projetos de licenciamento ambiental e obras na Amazônia.

A saída de Marina ocorreu após o senador Plínio Valério (PSDB-AM) afirmar que “a mulher merece respeito, a ministra, não”. Marina exigiu um pedido de desculpas para continuar, mas ao não obter resposta, declarou: “Se como ministra ele não me respeita, eu me retiro”.

Este foi o segundo incidente com o senador, que em março já havia feito declarações hostis sobre a ministra.

Marina também se desentendeu com o presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), e Omar Aziz (PSD-AM), que a acusou de “atrapalhar o desenvolvimento”. Rogério sugeriu que ela fosse “submissa”, ao que Marina respondeu: “Eu não sou”.

Centrando a disputa, a BR-319 tem o respaldo do presidente Lula, mas enfrenta preocupações ambientais. Marina defende uma Avaliação Ambiental Estratégica antes do avanço das obras, alertando sobre grilagem e desmatamento.

A tensão aumentou após o Senado aprovar um projeto que flexibiliza normas de licenciamento ambiental, permitindo menos exigências e limitando o direito de consulta de comunidades tradicionais.

Marina sinalizou que pode pedir ao presidente Lula o veto a trechos do projeto se aprovado na Câmara, mas a movimentação do governo é vista como ambígua, especialmente após uma emenda que reforça o licenciamento especial para obras estratégicas.

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