Marina abandona audiência pública sobre Margem Equatorial após bate-boca com senadores; veja vídeo
Tensão marca audiência pública no Senado sobre unidades de conservação na Margem Equatorial, culminando na saída da ministra Marina Silva. A ministra critica a falta de respeito e defende que as reservas não impedem a exploração econômica da região.
Brasília: A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deixou uma audiência pública no Senado após debates tensos com parlamentares da oposição sobre a criação de unidades de conservação na Margem Equatorial.
Marina se sentiu desrespeitada e pediu um pedido de desculpas, mas não foi atendida. O líder do PSDB, Plínio Valério, desferiu críticas, e o presidente da Comissão de Infraestrutura, Marcos Rogério, cortou seu microfone.
A audiência, proposta por senadores da região Norte, discute a criação de reservas, apontadas como um obstáculo ao estudo para exploração da área. Marina defendeu que as unidades de conservação não impedem exploração econômica e que o Ibama atua de acordo com a lei.
Ela explicou que as unidades têm um papel estratégico na proteção e uso sustentável da biodiversidade, e destacou que o licenciamento é necessário para exploração, com ou sem reservas.
A ministra criticou o novo marco do licenciamento ambiental (PL 2.159/2021), que promove a Licença Ambiental Especial, permitindo um rito simplificado para obras estratégicas. Essa mudança pode facilitar a prospecção de petróleo na Margem Equatorial, uma questão sensível levantada por senadores.
Marina também foi questionada sobre diferenças na prospecção de petróleo na região Norte em comparação com outras bacias: “A maior cautela é fruto da maturidade do País”, respondeu.