Marido de Zambelli deixou cargo no Ceará há duas semanas e pediu licença até 29 de junho
Coronel Aginaldo se afasta do cargo em Caucaia para acompanhar a deputada Carla Zambelli em viagem ao exterior, enquanto a parlamentar é alvo de uma prisão preventiva determinada pelo STF. A decisão foi tomada após Zambelli ser condenada a dez anos de prisão por invasão de sistemas do CNJ e acusada de tentar fugir da justiça.
Coronel Antonio Aginaldo de Oliveira, marido da deputada Carla Zambelli (PL-SP), pediu licença do cargo de secretário municipal de segurança de Caucaia (CE) duas semanas antes do anúncio da parlamentar de sua viagem ao exterior.
O coronel se afastou até 29 de junho, alegando "doença em pessoa da família". Sua licença foi publicada em 21 de maio e republicada em 4 de junho, a mesma data em que o ministro Alexandre de Moraes do STF, decretou a prisão preventiva de Zambelli.
A deputada, condenada a dez anos de prisão pelo STF, anunciou que está fora do país e pretende residir em um país europeu. Ela também indicou que pedirá licença do mandato na Câmara.
Moraes, atendendo a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), justificou a prisão sob risco de fuga. Além da prisão, seu nome foi incluído na lista vermelha da Interpol, e diversos ativos e contas da parlamentar foram bloqueados.
Zambelli reagiu à decisão, chamando-a de “ilegal, inconstitucional e autoritária”, e alegou perseguição política.
Ela havia sido condenada por invasão aos sistemas do CNJ e já enfrenta outro processo que pode resultar em 5 anos e 3 meses de prisão por porte ilegal de arma e constrangimento.
Os advogados de Zambelli desistiram da defesa após sua saída do Brasil e a Defensoria Pública foi nomeada para representá-la.