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Marfrig, BRF e Minerva caem até 10% na B3 – setor aparece como perdedor com tarifaço

A exclusão das carnes brasileiras do plano tarifário dos EUA gera forte tensão no setor frigorífico. As ações de grandes empresas como Marfrig e BRF despencam, com possíveis impactos nas margens de lucro e no direcionamento da produção.

Ações do setor de frigoríficos destacam-se na baixa da sessão de quinta-feira (31), após anúncio de exceções no plano tarifário dos EUA que não incluíram carnes.

A Marfrig (MRFG3) teve a maior queda, de 10,20% (R$ 21,30), seguida pela BRF (BRFS3) com 5,65% (R$ 20,05) e Minerva (BEEF3) com 4,45% (R$ 4,94).

O economista-chefe da Blue3 Investimentos, Roberto Simioni, destaca que o setor de carne bovina é o mais afetado, com tarifas que podem chegar a 74%, tornando as exportações para os EUA inviáveis.

Além disso, JBS S.A. (BDR: JBSS32) e Marfrig (MRFG3) são as mais expostas, devido às suas operações globais e à dependência das exportações para os EUA.

O impacto principal ocorrerá nas exportações de carne in natura e processados. A inviabilidade de exportar para os EUA pode causar um redirecionamento da produção para o mercado interno e outros países, resultando em excesso de oferta no Brasil.

Espera-se uma volatilidade acentuada nas ações de JBSS32 e MRFG3. Investidores estarão atentos a bálancos trimestrais e revisões do guidance das empresas, pois a queda nos EUA pode não ser compensada por outros mercados.

A capacidade de diversificação das operações de JBS e Marfrig será crucial para a percepção de risco dos investidores.

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