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Marco civil da internet: como EUA e Europa tratam as 'big techs'

Supremo Tribunal Federal avança na discussão sobre a responsabilidade das plataformas digitais em relação aos conteúdos postados por usuários. O julgamento, que começou a ser analisado na quarta-feira, poderá redefinir as normas do Marco Civil da Internet no Brasil.

Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria (7 de 11 juízes) em julgamento que responsabiliza plataformas de redes sociais pelo conteúdo de usuários.

O julgamento trata de dois recursos relacionados ao Marco Civil da Internet (Lei nº 12.965/2014), que regula a internet no Brasil há 11 anos.

  • O primeiro recurso é da Meta (Facebook), contestando a exclusão de um perfil falso.
  • O segundo é do Google, que questiona a responsabilidade por uma comunidade ofensiva no Orkut.

O artigo 19 do Marco Civil exige ordem judicial para que plataformas sejam responsabilizadas, atualmente debatido no STF.

Ministros que votaram pela inconstitucionalidade do artigo 19:

  • Dias Toffoli
  • Luiz Fux
  • Flávio Dino
  • Cristiano Zanin
  • Gilmar Mendes
  • Luís Roberto Barroso
  • Alexandre de Moraes

O único voto contrário foi do ministro André Mendonça.

O julgamento será retomado em 25 de junho, com o voto do ministro Edson Fachin.

O debate também retrata um embate global entre big techs e legislações nacionais, refletido em casos similares nos EUA e Europa.

Nos EUA, a Seção 230 da Lei de Decência da Comunicação garante que provedores não sejam responsabilizados por conteúdos de terceiros.

Na Europa, o Regulamento dos Serviços Digitais (DSA) impõe regras rígidas e responsabiliza plataformas que não agem após serem notificadas de conteúdo ilegal.

A Online Safety Bill no Reino Unido exige análise de risco de conteúdos ilegais e ferramentas de denúncia acessíveis.

O domínio das big techs e tentativas de regulação se intensificam, levando a processos antitruste contra empresas como Google e Meta.

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