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Marcelo Gasparino está em guerra para ficar na Eletrobras. A trincheira é o Linkedin

Conflito interno na Eletrobras: conselheiro alvo de críticas e descontentamento no processo eleitoral. O futuro da empresa pode depender da próxima escolha do conselho de administração e das disputas entre os atuais membros.

A Eletrobras enfrenta conturbada eleição para seu novo conselho de administração, agendada para terça-feira. O futuro da empresa, a influência do Governo e a credibilidade dos conselheiros estão em jogo.

Marcelo Gasparino, conselheiro atual, não foi reconduzido e expressou publicamente sua insatisfação. Desde que sua exclusão foi anunciada, ele criticou o processo eleitoral e atacou seu colega Pedro Batista.

Gasparino afirmou que Batista age como executivo e tenta "mandar na companhia". A Eletrobras, privatizada em 2022, tem o Governo como acionista com 45,9% das ações, mas um poder de voto limitado a 10%.

O conselho da Eletrobras reconduziu por unanimidade sua diretoria até 2027, enquanto Gasparino enfrentava insatisfação entre os membros do conselho.

A consultoria Spencer Stuart apontou que Gasparino teve um desempenho mediano, com a pior nota em comparação aos outros conselheiros. A Korn Ferry revelou que Gasparino foi o mais votado para sair do colegiado.

Após um acordo com o Governo, três conselheiros foram indicados, e os demais acionistas escolherão os outros sete. A chapa atual reconduz 6 dos 9 conselheiros, incluindo especialistas do setor e novatos com experiências relevantes.

Gasparino iniciou uma campanha no LinkedIn, questionando a credibilidade dos conselheiros e solicitando apoio. Ele tem a backing de investidores e tem um histórico em companhias relevantes, mas foi alertado sobre seu temperamento complicado no conselho.

Na véspera da eleição, as consultorias de voto ISS e Glass Lewis recomendaram votos para Gasparino e outros candidatos dissidentes. A administração da Eletrobras lançou cartas contrárias, defendendo seus indicados.

A Eletrobras informou que Gasparino divulgou informações confidenciais de forma reincidente, caracterizando falta grave e colocando em risco a reputação da companhia.

Com o embate entre Gasparino e Batista, ambos podem continuar no conselho, mas terão que deixar suas diferenças de lado em busca do bem da empresa.

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