Máquina pública ficaria em situação delicada sem alta do IOF, afirma Haddad
Ministro alerta sobre riscos para a máquina pública com possível revogação do aumento do IOF e defende medidas estruturais para melhorar as contas. O governo projeta R$ 30 bilhões em cortes e R$ 20 bilhões em receitas adicionais para equilibrar o orçamento.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu nesta quarta-feira com os presidentes da Câmara e do Senado para discutir o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Haddad afirmou que a máquina pública ficaria em situação delicada sem o aumento, que busca elevar a arrecadação e equilibrar as contas.
Na reunião, falou sobre R$ 30 bilhões em cortes de despesas: R$ 10 bilhões em bloqueios e R$ 20 bilhões em contingenciamento, além de R$ 20 bilhões em receitas adicionais.
"Expliquei as consequências em caso de não aceitação da medida [do IOF]," destacou Haddad, apontando para o contingenciamento adicional que isso acarretaria.
Antes do encontro, Motta chamou o aumento do IOF de infeliz, e Alcolumbre acusou o governo de usurpar poderes. Haddad afirmou que não discute a revogação, deixando isso para o Congresso.
A oposição tem apresentado PDLs (Projetos de Decreto Legislativo) para cancelar os efeitos da medida. O presidente da Câmara indicou que o assunto será levado ao colégio de líderes nesta quinta-feira.
Haddad também recebeu a solicitação de apresentar medidas estruturantes que impactem o Orçamento a médio e longo prazo.