Mantega desiste de vaga no conselho da Eletrobras após indicação de Lula
Guido Mantega decide não assumir vaga no conselho fiscal da Eletrobras, citando pressões do mercado e preocupações com sua saúde. O ex-ministro já havia sido indicado pelo governo Lula, que busca uma posição para ele desde 2023.
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, decidiu não aceitar a vaga no conselho fiscal da Eletrobras.
A desistência foi comunicada ao Ministério das Minas e Energia uma semana antes da assembleia de acionistas, marcada para 29 de outubro. Segundo um amigo de Mantega, as especulações sobre sua indicação e a reação do mercado motivaram a decisão, visando preservar sua saúde.
A Eletrobras, maior companhia de energia do país, formalizou um acordo em março com o governo Lula para encerrar uma ação judicial que limitava a influência da União na gestão da empresa. O governo possui 42% do capital da companhia, e, em troca do acordo, terá três vagas no conselho.
As novas nomeações do conselho, que incluem Silas Rondeau, Nelson Hubner e Maurício Tolmasquim, serão submetidas aos acionistas na assembleia. A escolha é parte do acordo mediado pelo STF.
Lula tem buscado uma posição para Mantega desde 2023, considerando-o injustiçado pela crise econômica durante o governo Dilma Rousseff. Ele chegou a tentar indicar Mantega para a presidência da Vale e para o conselho da Braskem, sem sucesso.
A percepção de Lula é que Mantega deve ser recompensado por suas contribuições enquanto esteve à frente da Fazenda entre 2006 a 2015, além de suas funções no Planejamento e no BNDES.