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Manobra militar envolvendo Brasil e EUA envia recado à Venezuela às vésperas de eleição

Reunião militar em Georgetown ocorre em meio a tensões com a Venezuela sobre o território da Guiana Essequiba. Análise aponta que exercício pode servir como um alerta ao governo de Nicolás Maduro diante de suas reivindicações territoriais.

Venezuela realiza eleição no novo estado da Guiana Essequiba neste domingo, enquanto Forças Armadas de sete países, incluindo Brasil e EUA, participam de um exercício militar em Georgetown, Guiana. O objetivo é desenvolver respostas a desastres naturais, mas o exercício também busca transmitir uma mensagem de cooperação regional e dissuasão a Nicolás Maduro.

A Guiana sediou o Exercício do Mecanismo de Cooperação em Desastres (Mecodex), após a promulgação da Lei Orgânica para a Defesa da Guiana Essequiba. O novo estado foi criado após um referendo em que a Venezuela aprovou a incorporação do Essequibo em dezembro de 2023.

A região tem visto crescentes tensões, com relatos de ataques de gangues venezuelanas e um aumento da militarização nas fronteiras. A disputa pelo Essequibo se intensificou desde 2015, com a descoberta de reservas de petróleo pela ExxonMobil, enquanto a produção da Venezuela caiu drasticamente.

Especialistas divergem sobre as mensagens diplomáticas do Mecodex. Alguns temem uma ingerência militar americana, enquanto outros veem a cooperação como positiva. O presidente da Guiana, Irfaan Ali, classificou as ações da Venezuela como uma ameaça.

A votação de hoje se limita a duas paróquias da parte venezuelana do novo estado, que abrange áreas próximas ao território em disputa. Enquanto isso, a Corte Internacional de Justiça pediu que a Venezuela se abstenha de realizar eleições na região, mas não se espera que Maduro obedeça.

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