Manhã nos mercados: Dados dos EUA devem guiar ativos em meio a incertezas tarifárias
Investidores tensionam negociações sobre tarifas americanas enquanto aguardam dados econômicos dos EUA. O Brasil se prepara para possíveis impactos e estratégias de contingência em meio ao impasse tarifário.
Investidores focam em tarifas dos EUA
Na véspera das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, o foco está nas negociações para barrar a tarifa americana de 50% sobre produtos brasileiros, que entra em vigor na próxima sexta-feira (1º).
Apesar dos esforços do governo Lula, a Casa Branca não sinalizou abertura para diálogo. O Planalto já prepara um plano de contingência para ajudar as empresas afetadas.
Com incertezas sobre as tarifas, os mercados acompanham de perto os dados americanos. O destaque é o relatório Jolts de vagas abertas em junho, que antecipa o payroll (relatório de empregos) na sexta-feira.
Às 8h15, o índice DXY subia 0,20%, para 98,831 pontos. Os futuros de Nova York e as bolsas europeias registravam ganhos, impulsionadas por resultados corporativos positivos.
- Stoxx: +0,96%
- CAC (Paris): +1,52%
Os mercados globais avançaram após um acordo dos EUA com a União Europeia sobre alíquotas de 15%. O presidente Donald Trump indicou que a maioria dos países será taxada entre 15% e 20%, mas a situação do Brasil permanece indefinida.
O vice-presidente Geraldo Alckmin e o Itamaraty tentam reverter a decisão de Trump e manifestaram disposição para dialogar.
Com o impasse tarifário, os ativos locais apresentaram desempenho negativo:
- Ibovespa: -1,04%, fechando em 132.129 pontos.
- Dólar à vista: +0,52%, cotado a R$ 5,5904.
- Juros futuros: leve queda, próximos da estabilidade.
Os mercados aguardam as decisões de juros do Comitê de Política Monetária (Copom).