Manhã no mercado: Tensões no Oriente Médio geram dia de aversão a risco nos ativos globais
A aversão ao risco nos mercados globais influencia a abertura da sessão à vista no Brasil, com os preços do petróleo em alta. Economistas alertam para os riscos de uma escalada no conflito no Oriente Médio, enquanto o mercado aguarda indicadores importantes que podem impactar as decisões do Banco Central.
Maio de tensão nos mercados: A manhã desta sexta-feira apresenta maior aversão ao risco global, impactada pelos ataques israelenses ao Irã na quinta-feira. Isso reflete nas expectativas do mercado, com alta do petróleo e fuga de ativos arriscados, como ações americanas.
Economistas do Rabobank avaliam que a reação dos mercados indica uma expectativa de conflito limitado, mas destacam que os riscos de escalada são consideráveis. No início da semana, o Irã ameaçou atacar ativos militares dos EUA, e Trump fez novas ameaças ao Irã via Twitter.
Com o petróleo subindo mais de 8%, os rendimentos de Treasuries operam em queda, refletindo a inclusão de riscos inflacionários no curto prazo. O dólar valoriza-se contra moedas de mercados desenvolvidos, mesmo as consideradas seguras.
Analistas do Société Générale mencionam que a alta do petróleo complica a narrativa cambial, já afetando a balança comercial da zona do euro. Expectativas de lucros no câmbio podem surgir se o real se alinhar a outras moedas emergentes, enquanto a curva de juros pode achatar por temores fiscais diminuindo.
No pré-mercado de Nova York, as ações da Petrobras subiam 3,5%, e o ETF EWZ, de ações brasileiras, caía 0,82%, sugerindo perdas limitadas ao Ibovespa no início da sessão.
O dia tem poucos indicadores, com destaque para o volume de serviços prestados em abril, o último dado antes da reunião do Copom. O resultado poderá influenciar as expectativas sobre a Selic, com economistas divididos entre manutenção em 14,75%% ou uma elevação de 0,25 ponto.