Manhã no mercado: Tensões geopolíticas e decisões de Fed e Copom devem guiar ativos
Expectativa queda nas bolsas devido a tensão no Oriente Médio e incertezas monetárias. O mercado aguarda com atenção o discurso de Jerome Powell e a decisão do Copom sobre a Selic.
Aumento da tensão entre Irã e Israel eleva expectativa para discurso de Jerome Powell após decisão de juros do Federal Reserve (Fed). A expectativa é de que as taxas permaneçam entre 4,25% e 4,5% ao ano.
Riscos geopolíticos e incertezas tarifárias podem reforçar a cautela da autoridade monetária. No Brasil, os investidores apostam em uma possível alta de 0,25 ponto percentual ou na manutenção da Selic em 14,75%.
O destaque deve ser o tom do comunicado do Copom.
Às 8h, os futuros do S&P 500 subiam 0,14%, do Nasdaq, 0,22%, e do Dow Jones, 0,08%, mesmo após os índices à vista encerrarem em queda. O DXY, índice do dólar contra seis moedas, recuava 0,20%, a 98,62 pontos.
Donald Trump exigiu a “rendição incondicional” do Irã, intensificando a aversão a risco nos mercados e elevando os preços do petróleo. Caso os EUA se envolvam diretamente na guerra, o Irã pode atacar bases americanas no Oriente Médio, segundo The New York Times.
Se isso ocorrer, ativos de proteção como ouro e Treasuries americanos podem ser buscados globalmente.
No mercado brasileiro, as tensões internacionais tiveram impactos moderados. O Ibovespa caiu 0,30%, aos 138.840 pontos, enquanto o dólar comercial subiu 0,23%, para R$ 5,4982.
A sondagem da XP mostrou que 53% dos investidores acreditam na manutenção da Selic, enquanto 47% esperam uma alta de 0,25 ponto.
Durante live da Warren Investimentos, economistas destacaram que dados de atividade e inflação justificam mais uma alta de juros, mas a comunicação do Copom sugere a manutenção da Selic para observar os efeitos da política monetária Restritiva.