Manhã no mercado: Repercussão de pacote fiscal no Brasil e queda do dólar no exterior concentram atenções
Congresso se une contra aumento do IOF e exige cortes de gastos para suporte a propostas fiscais. Expectativa de volatilidade nos mercados e pressão externa pelo dólar aumentam incertezas econômicas.
Congressos contra alternativas à alta do IOF
O Congresso aumentou a pressão sobre as alternativas à alta do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), elevando a expectativa de volatilidade nos mercados locais. União Brasil e PP, que comandam quatro ministérios, defenderam uma atuação unificada contra as propostas, a menos que haja cortes de gastos.
No cenário externo, novas tarifas que devem ser anunciadas pelo presidente Donald Trump nas próximas semanas aumentam a pressão sobre o dólar, que opera em queda. O índice DXY cedia 0,73%, a 97,92 pontos, com o futuro do S&P 500 caindo 0,47%.
A medida provisória publicada inclui:
- Fim da isenção de Imposto de Renda sobre títulos como LCI, LCA, CRI, CRA e debêntures incentivadas.
- Aumento da taxação sobre apostas esportivas.
- Elevação da alíquota de juros sobre capital próprio de 15% para 20%.
A incerteza quanto à aprovação das medidas persiste. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva contatou senadores e deputados, buscando um consenso.
A dificuldade em aprovar as medidas, junto com a falta de ajustes estruturais, pressiona os mercados domésticos, que aguardam os dados do varejo restrito. Espera-se uma queda de 0,7% em abril.
Na agenda externa, os investidores observarão o índice de preços ao produtor e o relatório de pedidos de seguro-desemprego. Trump deverá enviar cartas a parceiros comerciais para criar tarifas unilaterais.
Grandes bancos americanos, como Goldman Sachs e J.P. Morgan, mantêm posições vendidas no dólar, apostando em sua desvalorização.