Manhã no mercado: Preocupação fiscal nos EUA provoca estresse nos Treasuries e alimenta onda de aversão a risco
A venda de Treasuries e o rebaixamento da nota de crédito dos EUA indicam crescente aversão a risco, afetando mercados financeiros. O movimento impacta também o Brasil, onde investidores se prepararam para acompanhar indicadores econômicos e palestras de líderes financeiros.
Rendimentos dos Treasuries disparam nesta segunda-feira após o rebaixamento da nota soberana de crédito dos EUA pela Moody’s.
A decisão, divulgada na sexta-feira, indica um possível desequilíbrio fiscal estrutural, aumentando preocupações sobre o custo do financiamento da dívida pública.
A aversão ao risco também resulta em queda dos futuros das bolsas de Nova York e pressiona o dólar em relação a outras moedas fortes.
Por volta das 8h20:
- T-note de 10 anos: retorno avança de 4,484% para 4,559%.
- T-bond de 30 anos: taxa sobe de 4,954% para 5,028%.
- Futuro do S&P 500: cede 1,09%.
- Índice DXY: recua 0,92%, aos 100,17 pontos.
Os investidores expressam preocupação com a política fiscal americana, evidenciada pela alta dos juros dos títulos.
A >aprovação do pacote de corte de impostos no Comitê do Orçamento da Câmara dos EUA e o rebaixamento da Moody’s acentuam a aversão a risco.
Esse movimento impactará os ativos locais, especialmente o mercado de juros, em meio às preocupações com a política fiscal no Brasil.
Os investidores devem acompanhar a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no evento do Goldman Sachs.
Destaque também para o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) de março, que será divulgado às 9h, com expectativa de avanço de 0,50%.
No exterior, é crucial monitorar os discursos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) ao longo do dia.