Manhã no mercado: Investidores repercutem recuo parcial do governo no aumento do IOF em dia de palestra de Galípolo
Ministério da Fazenda recua e altera parcialmente aumento do IOF após impactos negativos no mercado. O ministro Fernando Haddad se pronunciará para esclarecer as medidas e mitigar o estresse financeiro.
Ministério da Fazenda recua parcialmente do aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) após forte repercussão negativa no mercado financeiro.
O anúncio inicial previa um aumento da taxa para 3,5%. O ministro Fernando Haddad fará um pronunciamento às 8h15 em São Paulo para detalhar as medidas.
A mudança no IOF surpreendeu investidores e provocou tensão nos mercados:
- Dólar futuro para junho subiu 1,87%, a R$ 5,7635.
- Ibovespa futuro recuou 1,93%, aos 136.375 pontos.
- Taxa do DI para janeiro de 2029 avançou de 13,69% para 13,72%.
O otimismo inicial dos mercados foi ofuscado pela notícia, mesmo após o anúncio do congelamento de gastos de R$ 31,3 bilhões, que era maior do que o esperado. A equipe econômica não atingiu o centro da meta fiscal.
R$ 20,7 bilhões são de contingenciamento de despesas e R$ 10,6 bilhões de bloqueio de gastos.
Rafael Guerino Furlanetti, da XP, comenta que o recuo do governo foi positivo, mas deixou “a pulga atrás da orelha” dos investidores.
Embora o recuo amenize o estresse, o principal fundo de índice (ETF) de ações brasileiras, EWZ, recuava 1,34% às 8h, uma queda menor que a do pós-mercado, que foi de 4,43%.
Além disso, investidores acompanharão a palestra do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que se opôs ao aumento do IOF.
No exterior, discursos do Federal Reserve (Fed) são monitorados após a aprovação de cortes de impostos nos EUA.