Manhã no mercado: Conflito no Oriente Médio segue no foco em dia de dados de varejo nos EUA
Mercados globais reagem a tensões políticas e expectativa de dados econômicos. Ativos de risco enfrentam correção, mas Brasil se destaca pela resiliência nas negociações.
Correção nos Mercados
O bom humor observado nos mercados corta-se com uma correção nesta terça-feira.
Após Donald Trump abandonar a reunião do G7 e minimizar acordos entre Israel e Irã, os ativos de risco desvalorizaram-se novamente. Contudo, a queda é menos intensa que a da sexta-feira passada, influenciada por temores de conflitos no Oriente Médio.
Perto das 8h:
- preços do petróleo subiam 1,5%;
- dólar se valorizava contra outras moedas, de forma tímida;
- futuros de índices acionários de Nova York e bolsas europeias apresentavam perdas;
- juros de longo prazo dos Treasuries caíam em uma realização de lucros.
A expectativa de um recuo de 0,6% nas vendas do comércio varejista dos EUA é o foco, sendo o último dado a ser divulgado antes da reunião do Federal Reserve (Fed).
A queda esperada é influenciada pela retração nas vendas de automóveis, após compras antecipadas em março e abril devido ao aumento das tarifas comerciais.
As tensões internacionais devem guiar os ativos locais, que mostraram resiliência e se valorizaram mais do que o esperado em relação aos mercados internacionais. Dan Kawa, da We Capital, acredita que novos investimentos estão indo para o país.
Um exemplo é que o dólar ficou abaixo de R$ 5,50 pela primeira vez desde 2024, mesmo com desafios fiscais locais. Apesar da alta do dólar no exterior, o câmbio doméstico pode ter contenção em seus movimentos, com o "carry" ancorando o real em níveis mais apreciados.