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Manhã no mercado: China anuncia tarifas de 84% sobre EUA e estresse tarifário provoca venda de Treasuries

China reage com tarifas de 84% sobre produtos dos EUA, elevando tensões comerciais. A medida promete afetar negativamente os mercados financeiros, especialmente no Brasil.

Após a implementação das tarifas “recíprocas” e da megatarifa de 104% sobre produtos chineses, a China respondeu com tarifas de 84% sobre bens dos Estados Unidos.

Essa retaliação deve causar volatilidade e incerteza nos mercados. Na manhã seguinte, por volta das 8h15:

  • Stoxx 600 caiu 2,91%
  • Futuros do S&P 500 caíram 1,25%
  • Futuros do Nasdaq cederam 0,93%
  • Índice DXY recuou 0,66%, a 102,272 pontos

No Brasil, o conflito entre os EUA e a China deve afetar negativamente moedas e ativos de risco, com expectativa de alta do dólar e queda do Ibovespa. Os juros futuros devem subir, seguindo os rendimentos dos Treasuries.

A entrada em vigor das tarifas abalou o mercado dos Treasuries, com a taxa do T-bond de 30 anos chegando a 5%, refletindo uma escalada acelerada nos juros de longo prazo.

O aumento da liquidez nos mercados levou a um expressivo desvio entre os rendimentos dos Títulos Públicos e os swaps de juro, resultando em vendas de Treasuries no mercado secundário.

A escalada dos rendimentos gera questionamentos sobre uma possível intervenção do Federal Reserve (Fed) na renda fixa. Hoje, investidores aguardam a divulgação da ata do Fed, que poderá esclarecer os passos futuros do banco central em um momento delicado, equilibrando os efeitos negativos do tarifaço e a inflação.

Com o estresse nos títulos públicos americanos, os investidores buscam segurança em ativos tradicionais, como ouro, iene e franco suíço.

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