Manhã no mercado: Bloqueio de tarifas de Trump e tensões fiscais no Brasil devem guiar ativos
Mercados globais reagem positivamente à decisão judicial que bloqueia tarifas de Trump, enquanto investidores se preparam para a divulgação do PIB dos EUA. No Brasil, a preocupação com o aumento do IOF e o impacto fiscal continuam a gerar incertezas no cenário econômico.
Bolsas globais avançam nesta quinta-feira, após um tribunal federal dos EUA bloquear tarifas do presidente Donald Trump. A decisão gerou entusiasmo nos mercados.
Os investidores se concentram na segunda leitura do PIB dos EUA do primeiro trimestre. No Brasil, a pressão para derrubar o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continua a repercutir.
Por volta das 8h:
- Futuro do S&P 500: +1,22%
- Futuro do Nasdaq: +1,74%
- Stoxx 600: +0,27%
- Índice DXY: +0,05% (99,92 pontos)
O Tribunal de Comércio Internacional declarou que a Constituição americana dá ao Congresso autoridade exclusiva para regular o comércio exterior, invalidando prerrogativas do presidente. O governo Trump já protocolou uma ação para recorrer dessa decisão.
A ata do Federal Reserve (Fed), divulgada ontem, pediu atenção aos desdobramentos da política tarifária. Além disso, o balanço positivo da Nvidia anima o mercado de ações americano.
No Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que não há alternativa para cobrir o rombo se o aumento do IOF for revogado. Ele alertou que a contenção de despesas poderia ultrapassar R$ 50 bilhões.
As incertezas sobre as alíquotas coincidem com a criação de postos de trabalho acima do esperado, conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O Ibovespa caiu 0,47%, aos 138.888 pontos. Juros futuros encerraram em alta e o dólar à vista avançou 0,89%, cotado a R$ 5,6951.
Na agenda de hoje, ficam no radar a taxa de desemprego de abril e o IGP-M de maio.