Manhã no mercado: Ativos globais estendem aversão a risco e derretem com chance de recessão global no radar
Mercados globais enfrentam nova turbulência com o aumento das tensões comerciais entre EUA e China. A aversão ao risco afeta bolsas e commodities, enquanto a possibilidade de recessão nos Estados Unidos ganha força.
Mercados globais continuam em queda, impactados pelas preocupações sobre as consequências do “tarifaço” do presidente dos EUA, Donald Trump, e possíveis retaliações da China.
O dia parece negativo para o Ibovespa, enquanto os juros futuros podem registrar novas quedas, com foco na política monetária do Banco Central.
O dólar à vista pode ser pressionado, e o índice VIX mostrou alta de 6,73%, aos 48,36 pontos. Os futuros do S&P recuaram 2,19% e os do Nasdaq caíram 2,52%. Na Europa, o Stoxx 600 desvalorizou 4,24%.
O EWZ, principal ETF de ações brasileiras em NY, teve queda de 3,22% no pré-mercado. A desaceleração global também pressionou os preços de commodities, como petróleo e minério de ferro.
O governo Trump revelou que mais de 50 países pediram a negociação das tarifas, mas a resolução pode demorar meses.
Autoridades da China afirmaram estar preparadas para as tarifas dos EUA, prometendo esforços para aumentar o consumo doméstico e estabilizar o mercado. O People’s Daily mencionou que o banco central chinês pode cortar taxas de juros se necessário.
Bancos americanos, como o Goldman Sachs, elevaram a probabilidade de recessão nos EUA para 45% e reduziram a previsão de crescimento do PIB de 1% para 0,5%. O J.P. Morgan cortou sua projeção de 1,3% para uma retração de 0,3%.
Jamie Dimon, CEO do J.P. Morgan, afirmou que “forças significativas e sem precedentes” geram cautela e que a rápida resolução da situação é ideal.