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Mais um tiro nos pés

Ambiente de juros elevados exige cautela dos investidores e revisão de estratégias. A resiliência econômica coletiva contrasta com a necessidade de desmobilização diante de riscos macroeconômicos crescentes.

Banco Central confirma: ambiente de juros elevados veio para ficar.

Para conter a inflação, será necessário manter taxas reais próximas de 8% ao ano. Isso exige uma postura defensiva dos agentes econômicos.

A "hora de desmobilização" chegou:

  • Retorno nominal elevado.
  • Riscos macroeconômicos significativos.
  • Dificuldade em sustentar ativos de renda fixa longa e ações.

Apesar dos juros altos, a economia brasileira mostra resiliência:

  • Crescimento do crédito a dois dígitos.
  • Indústria, comércio e serviços em expansão.
  • Mercado de trabalho forte com ganhos reais de 4%.

O governo busca manter o dinamismo econômico, contradizendo o Banco Central:

  • Expansão do crédito e novas linhas de crédito.
  • Mudanças no IOF para seguros, câmbio e crédito de empresas.
  • Estimativa de aumento na arrecadação: R$ 21 bilhões (2025) e R$ 41 bilhões (2026).

Contudo, essas medidas podem prejudicar o câmbio e aumentar a inadimplência, especialmente no comércio.

A tentativa de tributar investimentos externos assustou investidores e precisou ser corrigida. O IOF é regulatório, não confiscatório.

Sem coordenação com o Banco Central, essas ações aumentam o risco de novos apertos monetários. O Copom pode elevar a Selic para 15% na próxima reunião.

Esse choque de estratégias, com política monetária tentando frear a economia e fiscal buscando impulsioná-la, aumenta incertezas e riscos macroeconômicos.

Para investidores:

  • Rever posições.
  • Reduzir exposição a ativos sensíveis.
  • Buscar proteção em instrumentos conservadores.

A combinação de interesses anuncia um ajuste mais longo e custoso, impactando crédito, inflação e crescimento.

A "hora de desmobilização" é uma necessidade estratégica. Cautela não é só prudência — é sobrevivência.

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