Mais um item no molho das tarifas dos EUA; entenda a “guerra do tomate” com o México
Taxação de tomates mexicanos pode elevar preços e afetar consumidores nos EUA. Existe risco de falência para restaurantes caso os custos aumentem significativamente.
Estados Unidos planejam taxar tomates mexicanos em 17,09%. O tomate, essencial na culinária americana, pode ter seu preço elevado, já que 90% dos tomates vendidos nos EUA vêm do México.
Em 2024, as importações de tomates do México totalizaram US$ 3,234 bilhões, um aumento de 15% em relação ao ano anterior. O México domina 86% do mercado, com o restante vindo de países como Canadá e Guatemala.
A taxação é um efeito colateral da warsa comercial iniciada por Trump. O Departamento do Comércio não renovou um acordo que suspendia investigações sobre práticas de dumping de tomates mexicanos.
A disputa começou em 1996, quando agricultores americanos reclamaram que os tomates mexicanos eram vendidos a preços artificialmente baixos. Desde então, cinco acordos foram firmados para garantir preços justos.
O secretário de Comércio, Howard Lutnick, afirmou: “Práticas comerciais desleais que reduzem os preços de produtos como o tomate terminam hoje.”
Os efeitos das tarifas podem elevar o preço do tomate para o consumidor em até 10% e reduzir a demanda em 5%. A Florida Tomato Exchange destaca que a indústria local de tomates foi drasticamente afetada por importações mexicanas.
Projeções sugerem que a produção de tomate do México diminuirá 3% em 2025, em parte devido às novas tarifas. Além disso, espera-se que as exportações para os EUA caiam 5%.
Embora preocupações tenham sido levantadas sobre as consequências econômicas da taxa, há apelos por negociações para evitar uma crise. Um grupo de câmaras de comércio solicitou ao Departamento de Comércio um novo acordo.
Teresa Razo, proprietária de restaurantes, afirmou: “Se os preços do tomate subirem, meus negócios podem falir.”