Mais um ‘gás’ para o PIB: entenda como medidas do governo podem atrasar a desaceleração da economia
Governo lança diversas medidas econômicas para estimular consumo e impulsionar PIB em meio ao cenário de juros elevados. Especialistas avaliam que as iniciativas podem temporariamente mascarar a desaceleração econômica esperada nos próximos trimestres.
Medidas do governo buscam impulsionar a economia
No início de 2023, o governo anunciou várias iniciativas, como a ampliação do Minha Casa, Minha Vida e a criação do Consignado do Trabalhador. Essas ações visam liberar recursos e beneficiar trabalhadores.
De acordo com especialistas, essas medidas podem impulsionar o PIB, adiando os efeitos da alta dos juros. No entanto, o Banco Central (BC) tem aumentado a taxa Selic para conter a inflação, que atingiu 14,75%, o maior patamar em 20 anos.
Apesar do aumento dos juros, o consumo das famílias cresceu 1% no primeiro trimestre de 2023, refletindo a eficácia das ações do governo, segundo economistas.
- Ampliação do Minha Casa, Minha Vida: Acesso a juros mais baixos;
- Liberação do FGTS: R$ 12 bilhões para 12 milhões de trabalhadores;
- Antecipação do 13º do INSS: Benefício para 15 milhões de aposentados;
- Consignado do Trabalhador: Potencial de adicionar até 0,6 ponto percentual ao PIB entre 2025 e 2026.
Essa nova modalidade de crédito permite que trabalhadores contratem empréstimos usando até 10% do saldo do FGTS como garantia. A concorrência no mercado deve contribuir para a queda das taxas de juros.
O governo também considera novas iniciativas, como:
- Vale-gás: R$ 110 para famílias do Bolsa Família;
- Ampliação da isenção do Imposto de Renda: Para quem ganha até R$ 5 mil;
- Tarifa social de energia elétrica: Para famílias do CadÚnico;
- Possível crédito para entregadores e aumento no Bolsa Família.
As especulações sobre novas medidas indicam que o governo não pretende permitir a desaceleração do PIB, refletindo nas estimativas do mercado financeiro, que preveem crescimento modesto para este e os próximos anos.