Mais de 50 países já pedira aos EUA negociação de 'tarifaço', diz assessor de Trump
Medida abrange mais de 180 países e gera polêmica entre especialistas, que temem consequências negativas para a economia global. Enquanto a administração Trump defende a proteção da indústria nacional, críticos alertam para riscos de inflação e recessão.
Trump anuncia tarifas recíprocas que entram em vigor neste sábado (5), incluindo alíquotas de 10% sobre importações do Brasil.
Mais de 50 países estão em contato com a Casa Branca para negociações comerciais, segundo Kevin Hassett, do Conselho Econômico Nacional dos EUA.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizou a queda do mercado de ações, afirmando que não há "nenhuma razão" para antecipar uma recessão devido às tarifas.
O "tarifaço" abrange mais de 180 países, como União Europeia (20%), China (34%), Coreia do Sul (25%) e Japão (24%). Trump descreveu a medida como uma "declaração de independência econômica".
Argumentos a favor das tarifas:
- Fortalecimento da indústria nacional: Aumentar produção e consumo de produtos locais.
- Medida de barganha: Usar tarifas para negociar segurança nas fronteiras.
- Redução do déficit comercial: Taxar parceiros comerciais onde há déficit na balança.
- Potencial arrecadatório: Aumento na arrecadação de impostos de importação.
Argumentos contra as tarifas:
- Pressão sobre a inflação: Aumento de custos pode encarecer produtos ao consumidor.
- Baixa capacidade de absorção: Empresas podem não conseguir atender à demanda interna.
- Elevação de juros: A alta da inflação pode obrigar o Fed a manter juros elevados.
- Desaquecimento da economia: Temores de recessão devido ao encarecimento e queda na produção.
O impacto do tarifaço: A medida já causou queda no dólar e tombo das bolsas nos EUA, Europa e Ásia.