Mais de 100 agências humanitárias relatam 'fome generalizada' em Gaza; Israel culpa Hamas
Organizações humanitárias alertam para a crise alimentar em Gaza, com mais de 100 vítimas de desnutrição em 48 horas. A ONU e as agências reclamam da escassez de ajuda, enquanto Israel nega responsabilidade pela fome.
Mais de 100 organizações humanitárias, incluindo Save the Children, Oxfam e Médicos sem Fronteiras, denunciam uma fome generalizada em Gaza.
A afirmação destaca que, enquanto a fome se espalha, "os corpos de nossos colegas e daqueles a quem servimos estão sendo consumidos". Um trabalhador humanitário menciona que as crianças perguntam aos pais se "vocês queriam ir para o céu, porque ao menos lá tem comida".
A ONU revelou que mais de 1.000 palestinos, que buscavam ajuda alimentar, foram mortos por forças israelenses desde que a Fundação Humanitária de Gaza começou suas operações em maio.
Israel enfrenta crescente pressão internacional pela grave situação humanitária: mais de dois milhões de pessoas estão sem acesso a alimentos básicos após 21 meses de ofensivas.
O comunicado das agências afirma que os palestinos estão presos em um ciclo de esperança e angústia, aguardando por assistência.
As distribuições de ajuda têm uma média de 28 caminhões por dia, enquanto a ONU estima que seriam necessários ao menos 600 caminhões para abastecer a população.
Protestos em Tel Aviv exigem um cessar-fogo e mais ajuda humanitária.
- Testemunho de médico: "Faltam leitos para pacientes e leite em fórmula para bebês com fome".
- 33 mortos por desnutrição nas últimas 48 horas.
- Total de mortes por desnutrição chega a 101, sendo 80 crianças.
A ONU afirma que, desde o início deste conflito em 7 de outubro de 2023, Israel matou pelo menos 59.029 pessoas, incluindo 17 mil crianças.
O porta-voz israelense nega a responsabilidade pela fome, atribuindo à escassez à ação do Hamas, que estaria dificultando a distribuição de ajuda. Mencer afirma que a ajuda humanitária, através da Fundação, chegou a Gaza, com mais de 4.400 caminhões entrando recentemente.
As agências humanitárias pedem um cessar-fogo imediato e alertam que as condições estão se deteriorando rapidamente.