Mais da metade dos trabalhadores de plataformas digitais da AL e Caribe atua para empresas do exterior
Pesquisa da OIT revela que o trabalho em plataformas digitais cresce na América Latina, com 53% dos trabalhadores atendendo empresas estrangeiras. Estudo destaca a presença significativa de profissionais em áreas urbanas e as lacunas na regulamentação do setor.
Pesquisa da OIT revela dados sobre trabalhadores de plataformas digitais na América Latina e Caribe
Mais da metade (53%) dos trabalhadores de plataformas digitais na região atua para empresas do exterior.
93% dos trabalhadores vivem em áreas urbanas.
O estudo classifica atividades em plataformas digitais que variam de programação e design gráfico a microtarefas, como classificação de dados.
A diretora da OIT, Ana Virginia Moreira Gomes, afirma que o relatório é uma ferramenta para fortalecer o diálogo social sobre trabalho decente.
Embora a economia de plataforma ofereça alta flexibilidade e baixas barreiras de entrada, existem desafios em garantir empregos decentes, como regulamentações trabalhistas ausentes.
O estudo divide o trabalho online em dois grupos:
- Conexão de oferta e demanda para tarefas baseadas na web.
- Plataformas de transporte, entregas e alojamento com tarefas locais.
Em março de 2023, a OIT apresentou análises sobre lacunas regulatórias no trabalho digital.
O levantamento entrevistou 1.153 trabalhadores em 21 países, com idade média de 33 anos e 38% com formação superior.
41,7% têm emprego formal e 31,2% são freelancers. A maioria dos contratantes (90%) do primeiro grupo está fora da região, principalmente nos EUA e Canadá.
O relatório estima que o setor emprega cerca de 12 milhões de trabalhadores principais e 1,7% do emprego privado no Brasil e 0,5% no Chile está nas plataformas digitais.