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Mais da metade da geração Z diz que faculdade é perda de dinheiro porque diploma não vale mais nada

A insatisfação com o retorno do investimento em educação superior cresce entre os jovens, com mais da metade da geração Z considerando o diploma um desperdício. O aumento da dívida estudantil e a valorização das habilidades práticas também influenciam essa visão crítica.

Graduados americanosum terço dos formados considera que o investimento foi um “desperdício de dinheiro”.

Entre a geração Z, essa insatisfação alcança 51% — muito acima de 41% dos millennials e 20% dos baby boomers. O levantamento envolveu 772 profissionais nos Estados Unidos.

Segundo Kyle M.K., especialista da Indeed, aumenta o número de formados questionando o retorno sobre o investimento do ensino superior. O custo do bacharelado dobrou nos últimos 20 anos, ultrapassando US$ 38 mil, enquanto a dívida estudantil total se aproxima de US$ 2 trilhões.

Adicionalmente, 38% dos graduados afirmam que os empréstimos estudantes limitam seu progresso profissional mais do que o diploma ajuda.

Instituições e empresas estão priorizando habilidades práticas, com 52% das vagas na Indeed não exigindo formação formal. No entanto, 4,3 milhões de jovens da geração Z estão fora da educação e do mercado de trabalho.

No contexto de um mercado de trabalho instável, é desafiador para os jovens avaliar o retorno de longo prazo da educação superior, especialmente em áreas como psicologia e filosofia, onde pode levar mais de 20 anos para o investimento se pagar.

Christine Cruzvergara, da Handshake, ressalta a importância do ensino superior, que vai além dos ganhos imediatos, incluindo oportunidades de avanço e desenvolvimento pessoal.

Embora quase 70% dos formados considerem que poderiam exercer suas funções sem um diploma, a conexão com a rede de contatos é crucial. O exemplo de Mark Zuckerberg ilustra como a universidade pode facilitar essas conexões.

A influência da inteligência artificial intensifica a desvalorização dos diplomas, com 30% dos graduados afirmando que a IA tornou seus graus acadêmicos irrelevantes, número que sobe para 45% entre a geração Z.

Apesar do receio, líderes como Ted Sarandos, co-CEO da Netflix, afirmam que a IA não substituirá empregos, mas os que dominarem sua utilização terão vantagem.

As áreas mais vulneráveis incluem programação básica e análise de dados, enquanto enfermagem e gestão de projetos continuam relativamente protegidas.

A IA é uma ferramenta de potencialização, e quem investir em aprendizado contínuo se destacará no mercado. A inteligência artificial não diminui o valor de uma boa formação, mas recompensa as habilidades atualizadas.

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