Mais Brasil e menos México: as apostas do BofA para investir na América Latina
América Latina supera mercados emergentes e EUA em desempenho até 2025, apesar das tensões comerciais. Bank of America destaca o Brasil como um dos principais pontos positivos na estratégia de investimento, com foco em ativos de renda fixa e ações de qualidade.
América Latina supera mercados emergentes em 2025
A América Latina apresentou desempenho superior aos mercados emergentes e aos EUA, mesmo em meio a tensões comerciais e aversão ao risco global.
O relatório do Bank of America destaca que, apesar de ser um “passageiro na montanha-russa das tarifas”, a região sofreu impactos negativos.
Desde a introdução de tarifas dos EUA, os índices de ações da região caíram menos que em outros mercados, mesmo com a queda de commodities essenciais como petróleo e cobre.
A recomendação do Bank of America para o Brasil é de sobreponderação, com foco em títulos de renda fixa e ações de crescimento. Riscos locais, como expansão de crédito e política fiscal frouxa, permanecem.
Para o México, a abordagem é defensiva, com recomendações neutras devido à ameaça de tarifas limitando investimentos.
Na Argentina, os analistas veem sinais de recuperação econômica e desinflação, mantendo uma visão positiva. Quanto ao Chile, a exposição permanece através do Santander Chile.
O relatório do Morgan Stanley, publicado recentemente, ajustou sua carteira para a América Latina, elevando a recomendação para o Brasil e ajustando a da Colômbia para abaixo da média, devido a preocupações fiscais.
O Brasil é destacado positivamente, com inclusões como BTG Pactual, Itaú Unibanco e Eletrobras.
O foco do Morgan Stanley está em taxas de juros mais baixas e fortalecimento das políticas internas, favorecendo ativos domésticos.
Para o México, também foi elevada a exposição, com o país se beneficiando das tensões comerciais com os EUA.
O banco mantém posições no Chile e no setor energético argentino, mas alerta sobre riscos políticos com o ciclo eleitoral de 2026.
O Morgan Stanley prioriza os setores de serviços financeiros, energia, materiais e agricultura, com foco em empresas exportadoras e commodities.