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Maior traficante do Equador é extraditado e se declara inocente nos Estados Unidos

Fito enfrenta sete acusações de tráfico de drogas e armas nos EUA, após ser extraditado do Equador. Sua fuga em 2024 e recaptura destacam a crise de segurança no país e os vínculos com organizações criminosas.

José Adolfo Macías, conhecido como Fito, declarou-se inocente das sete acusações que a Justiça americana lhe imputa durante sua audiência em Nova York, após ser extraditado dos Estados Unidos.

Em seu primeiro comparecimento, Fito, que é o primeiro equatoriano extraditado desde 2024, respondeu a acusações de tráfico de drogas e tráfico de armas, com penas que variam de 20 anos à prisão perpétua. Ele se declarou inocente por meio de seu advogado no Tribunal do Distrito Leste de Nova York.

A Promotoria dos EUA identificou Fito como um líder de uma organização criminosa violenta e prolífica. Ele havia fugido de um presídio de segurança máxima em janeiro de 2024 e foi recapturado em junho, escondido em um bunker em Manta, Equador.

Fito aceitou sua extradição de maneira "livre e voluntária" em uma audiência remota e sua fuga se tornou símbolo do colapso da segurança pública no Equador, resultando em um "conflito armado" declarado pelo presidente Daniel Noboa. Essa situação permitiu o deslocamento das Forças Armadas para as ruas e prisões, recebendo críticas de ONGs de direitos humanos.

O governo dos EUA impôs sanções à facção Los Choneros, associada a Fito, que atua no narcotráfico desde os anos 1990. A guerra pelo poder entre organizações de narcotráfico no Equador resultou em mais de 460 mortos em massacres desde 2021.

Além disso, Fito é investigado por seu possível envolvimento no assassinato do candidato à presidência Fernando Villavicencio, ocorrido em 2023, em que a violência entre grupos rivais aumentou consideravelmente, com homicídios nas ruas crescendo quase 800% de 2018 a 2023.

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