Maior parte das capitais vê alta das classes A e B
Estudo revela que maioria das capitais brasileiras experimentou mobilidade social para classes A e B após a pandemia. No entanto, as classes C e D/E apresentaram crescimento limitado, especialmente em grandes centros como Rio de Janeiro e São Paulo.
Aumento das classes A e B no pós-pandemia: Um estudo da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE) do Rio de Janeiro revelou que a maioria das capitais brasileiras viu um crescimento no número de habitantes nas classes A e B entre 2020 e 2023.
Principais resultados:
- 15 capitais: aumento na classe A.
- 23 capitais: crescimento na classe B.
- 14 capitais: elevação na classe C.
- 9 capitais: aumento nas classes D/E.
Mobilidade social: A maioria das capitais experimentou mobilidade para faixas de renda mais elevadas, segundo Osmar Lima, secretário da SMDE. O fenômeno foi atribuído à melhora na renda do trabalho, resultando em uma expansão de 2,1% da renda real no país entre 2019 e 2023.
Dados de renda: A classificação das classes A, B, C e D/E varia entre estudos. No levantamento, a classe A possui rendimentos mensais brutos acima de R$ 25 mil, enquanto a classe D/E vai até R$ 3,5 mil.
Destaques por cidade:
- Rio de Janeiro: 285,3 mil pessoas saíram da classe D/E.
- São Paulo: 230,1 mil saíram da classe D/E.
Dados populacionais: Classes D/E ainda representam mais de um terço da população nas cidades, com 31,9% no Rio e 34,5% em São Paulo. No Rio, 91,8 mil pessoas entraram na classe A, enquanto São Paulo teve um decréscimo de 48,2 mil na mesma classe.
Classe C: São Paulo acrescentou 315,5 mil pessoas na classe C, enquanto o Rio teve uma redução de 74,7 mil.
Aumento de renda: No Rio, o rendimento domiciliar habitual cresceu 15,6% entre 2020 e 2023, alcançando R$ 3.395.
Posição da classe A: Vitória (ES) tem a maior fatia da população na classe A, com 9,5%, seguida por Brasília (8,8%) e Rio de Janeiro (8,3%). São Paulo está em sexto lugar com 7,5%.
Classes D/E no Nordeste: Recife lidera com 62,5%, seguido por Rio Branco (60,9%), Fortaleza (58,4%) e Salvador (57,9%).