Maduro anuncia prisão de mais de 50 “mercenários” antes de eleições
Maduro ordena reforço da segurança nas eleições após prisões de supostos mercenários. O governo mobilizará 400 mil agentes para garantir a segurança durante o pleito marcado para domingo.
Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou na 5ª feira (22.mai.2025) a prisão de mais de 50 "mercenários" que planejavam ataques durante as eleições legislativas e de governadores, marcadas para domingo (25.mai).
O anúncio ocorreu na cerimônia de encerramento da campanha do seu partido, onde Maduro afirmou que os detidos pretendiam "plantar bombas ou lançar ataques violentos" durante o pleito.
Na 3ª feira (21.mai), o governo já havia preso 38 pessoas identificadas como “mercenários” que teriam entrado no país pela Colômbia. Conexões aéreas com o país vizinho foram suspensas na mesma data.
“Tentaram trazer mercenários. Temos mais de 50 capturados,” disse Maduro, ao lado de sua família. As detenções são ligadas a “atos terroristas” visando comprometer o processo eleitoral.
Para garantir a segurança nas eleições, o governo mobilizará cerca de 400 mil integrantes das forças de ordem. Uma resolução conjunta determinou restrições de acesso terrestre, marítimo e aéreo de 23 a 26 de maio, buscando evitar ameaças à segurança da Venezuela.
A identidade dos detidos e os grupos por trás das ações não foram divulgados. A principal coalizão opositora convocou um boicote às eleições, enquanto uma ala dissidente, liderada por Henrique Capriles, optou por participar.