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Macron pede mudanças no acordo UE-Mercosul para assiná-lo em 2025

Macron condiciona a assinatura do acordo entre a UE e Mercosul à proteção do setor agropecuário europeu. A pressão interna e o desejo de concluir o tratado estão em destaque durante a visita de Lula a Paris.

Emmanuel Macron, presidente francês, está disposto a assinar o acordo comercial entre a União Europeia (UE) e o Mercosul ainda este ano, mas apenas se forem incluídas medidas de proteção para o setor agropecuário europeu.

Durante a visita de Lula a Paris, Macron pediu que o Mercosul adote cláusulas-espelho para garantir que produtores sul-americanos cumpram as mesmas normas rigorosas que os europeus, principalmente em relação ao uso de defensivos agrícolas.

A ratificação do acordo facilitaria a exportação de automóveis, máquinas e produtos farmacêuticos da UE e aumentaria as exportações de carne, açúcar e mel do Mercosul para a Europa.

Macron, em resposta a uma pergunta, afirmou que está aberto a assinar o acordo caso as alterações sejam feitas, visando convencer os agricultores franceses sobre seus benefícios.

Entretanto, agricultores franceses têm manifestado oposição ao acordo, e França tenta formar uma minoria de bloqueio com Hungria e Áustria contra o tratado, alegando que é desequilibrado.

Por outro lado, a pressão interna na UE para que o acordo seja ratificado cresce, com vozes como do novo chanceler alemão, Friedrich Merz, defendendo rápida implementação para mitigar impactos de tarifas americanas.

Uma boa notícia para o Brasil: a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) reconheceu o país como livre de febre aftosa sem a necessidade de vacinação, aumentando as perspectivas de exportação de gado.

Durante sua visita, Lula também foi declarado doutor "honoris causa" pela universidade de Paris 8 e visitou a exposição do artista brasileiro Ernesto Neto no Grands Palais.

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